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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Planetas Telúricos: Mercúrio

Dados Gerais:
Mercúrio é um planeta que pertence à categoria de planetas internos do Sistema Solar, sendo o que se encontra mais perto do Sol,  apresentando, assim o período do Sistema Solar de translação de menor duração, orbitando o Sol em cada 87,96 dias terrestres. Este completa três rotações em torno do seu eixo (Movimento de Rotação) em cada dois percursos completos em torno do Sol (Movimento de Translação), tendo um movimento de rotação de 58,64 dias terrestres. O seu periélio encontra-se nos 46 001 200 Km do Sol (Ponto da sua orbita em que está mais perto do Sol) e o seu afélio nos 69 816 900 Km (Ponto da sua orbita em que se encontra mais longe do Sol). O planeta apresenta uma magnitude (Escala de Brilho) que varia entre os -2,5 e 5,7. Tem uma massa de 0,055 Terras, um volume de 0,056 Terras e um diâmetro equatorial de cerca de 4879,4 Km. A temperatura média é de cerca de 67º Celsius e a sua atmosfera é constituída por 42% de oxigénio molecular, 29% de sódio, 22% de hidrogénio, 6% de hélio, 0,5% de potássio, e as restantes percentagens encontram-se divididas entre outros gases, como, por exemplo, dióxido de carbono, azono e vapor de água, entre outros.

Ficheiro:Terrestrial planet size comparisons.jpg

Características e Estrutura Interna

O planeta é constituído por 70% de material metálico  e 30% de silício. Tem um núcleo que é, constituído maioritariamente por ferro, como a Terra e os restantes planetas rochosos do planeta solar, categoria à qual pertence. Segundos dados de sondas que o orbitaram este possui uma crosta de aproximadamente entre 100 ou 300 Km de espessura.
Apresenta uma superfície semelhante à da Lua, composta por grandes planaltos e crateras, sendo que a atividade geológoca do planeta encontra-se parada hà muitos milhares de milhões de anos. Neste momento a imformação que possuimos acerca deste planeta, o menos compreendido do Sistema Solar, encontra-se condicionada  pelos dados que recebemos da sonda espacial MESSENGER.
Mercúrio não tem uma atmosfera, devido à sua fraca gravidade.
Os astrónomos acreditam que é , principalmente, composto por ferro, pois no passado apresentava uma massa muito maior, mas este sofreu uma colisão planetária e o choque arrancou-lhe camadas da sua crosta deixando apenas o núcleo metálico. É também, verdadeiramente, o mundo mais denso do Sistema Solar.
Tem uma superfície abundante em crateras, em que a maior é a tão conhecida Caloris Basin, uma cratera com cerca de 1340 Km de largura, descoberta em 1974. Muitas das colinas e montanhas estão dispostas à volta desta cratera em forma de anéis. O choque da formação desta cratera propagou-se até ao outro lado do planeta, formando o que se costuma chamar de "terreno estranho". 

Ficheiro:Mercury's 'Weird Terrain'.jpg

  

Ficheiro:Mercury Internal Structure.svg

1- Crosta (entre 100 e 300 Km de espessura)
2- Manto (cerca de 600 Km de espessura)
3- Núcleo (1800 Km de raio)

Órbita em Grande Velocidade

Mercúrio possui o ano mais curto do Sistema Solar, já que completa uma volta completa em torno do Sol em cada 88 dias terrestres. Contudo a força da gravidade do Sol abrandou tanto a rotação do planeta que um dia em Mercúrio dura 58 dias terrestres - dois terços do seu ano. Como resultado a maior parte da superfície tem um ano de dia seguido de um ano de escuridão. O dia longo junto com a sua órbita em elipse causa outro efeito estranho em Mercúrio, ou seja, em algumas zonas do planeta o Sol nasce duas vezes - nasce no horizonte, põe-se abaixo deste e nasce novamente.

Campo Magnetico e Magnetosfera

Segundo medições recentes o campo magnético de Mercúrio equivale a cerca de 1,1% do da Terra que engloba todo o planeta. Este é estável e está quase, perfeitamente alinhado com eixo de rotação do planeta.
O campo magnético é criado pelo núcleo rico em ferro que Mercúrio possui, sendo que se mantém no estado líquido, devido à excentricidade da órbita de Mercúrio que provoca o efeito de maré, que por sua vez permitirá a existência de uma magnetosfera.
A magnetosfera do planeta é suficiente forte para deflectir o vento solar, como acontece no nosso planeta Terra, mas possui um buraco de cerca de 800 Km de largura que permite que o vento solar chegue à superfície do planeta, este (vento solar) altamente abundante de partículas carregadas.

Ficheiro:Mercury Magnetic Field NASA.jpg


Missões Robóticas

A primeira sonda espacial enviada ao planeta foi a Mariner 10 da NASA, lançada em 1974. Para atingir Mercúrio utilizou a força gravitacional de Vénus para ajustar, assim a sua velocidade de órbita, tornando-se, na primeira a pôr em prática esta técnica. Esta sonda captou as primeiras imagens da superfície repleta de crateras do planeta.

Ficheiro:Mariner10.gif

A segunda missão robótica da NASA tendo Mercúrio como objetivo foi a MESSENGER, lançada em 3 de Agosto de 2004 a bordo do foguete Delta II. A sua primeira órbita sobre Mercurio começou em 14 de Janeiro de 2008. Tinha como primeiro fim mapear a superfície do planeta cheio de crateras de todos os variados tamanhos.

Ficheiro:MESSENGER Assembly.jpg


A ESA está a planear uma missão futura com a ajuda do Japão, denominada BiColombo, que vai ser constituída por duas sondas que irão orbitar o planeta, sendo que uma delas terá a função de estudar a superfície e outra de estudar a magnetosfera do planeta. Preve-se que este conjunto de sondas chegue ao planeta em 2019.

Observação no Céu Nocturno

Dos 5 cinco planetas possíveis de ver a olho nu (Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno), Mercúrio pode ser o mais difícil de ver, pois encontra-se sempre perto do Sol. Pode ser, assim arduamente avistado no nascer do Sol ou no crepúsculo, ao pôr do Sol, sempre bem perto deste. 


Aqui podem fazer o download de uma animação do nosso sistema solar :

Não percam o próximo artigo sobre Vénus.

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Notícias Cósmicas


24/1/2012

No dia 24 de Janeiro muitas pessoas foram capazes de observar uma impressionante aurora boreal no Norte, principalmente vista na Noruega, sendo que foram tiradas fotos expectaculares. Estas provocadas pela choque das partículas do vento solar com as partículas da atmosfera terrestre, provocando, assim este espetaculo incrível. Está previsto que durante este mês seja possível se formarem mais destas.



See Explanation.  Clicking on the picture will download
 the highest resolution version available.





22/1/2012

A construção de uma parceria entre Roscosmos (Agência Espacial Federal da Russia), a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA encontra-se a ser estudada neste preciso momento com o objetivo de construirem colónias espaciais na Lua.
A Rússia adianta já que pretende enviar à Lua duas missões robóticas, de nome Luna-Glob e Luna-Resources até 2020.
Este pacto já não é, também uma novidade já que estas agências se têm ajudado mutuamente na construção e aplicação dos módulos da Estação Espacial Internacional.
O porta-voz da NASA, JD Harrington anunciou que estas agências e outras se têm reunido para avançar no projeto de exploração do espaço coordenado levado avante por este conjunto de agências espaciais, o grupo ISECG ( Internacional Space Exploration Coordination Group).
O Roteiro de Exploração Global desse grupo tem como primeiro ponto a criação de umas colónias espaciais na Lua para a partir daí prepararem a missão de colonizar Marte. Só depois começaram a pensar em explorar e colonizar outros Sistemas Solares.
Atualmente têm ocorrido alguns acidentes espaciais, como o da sonda espacial Rússia, Phobos-Grunt, que causaram uma pequena tensão neste grupo de agências espaciais.


 

Não percam o próximo artigo acerca de Mercúrio.


Visitem também :
http://gamersporewho.blogspot.com/

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sistema Solar

O nosso Sistema Solar é constituído por uma estrela a que apelidamos de Sol e por um conjunto de astros que o orbitam através da força da gravidade.
Este formou-se há cerca de 4,6 mil milhões de anos, através do ato da gravidade sobre uma grande nuvem molecular.
Os principais tipos de astros que o constituem são os planetas principais, os planetas anões, os asteróides, os cometas e os meteoróides. Na maioria, estes astros ocupam orbitas elípticas, quase circulares em torno da nossa estrela.
As principais zonas que constituem o Sistema Solar são a zona dos planetas telúricos, segue-se a cintura de asteróides, depois a zona dos planetas gigantes gasosos, de seguida, a cintura de Kuiper e, por fim a nuvem de Oort.
Os planetas telúricos ou terrestres são Mercúrio, Vénus, Terra e Marte, têm este nomes, pois têm como principal característica, a existência de uma superfície sólida.
A cintura de asteróides é formada por um conjunto de asteróides que se encontra entre Marte e Júpiter, e que os astrónomos pensam que resultou da força gravítica de Marte e Júpiter, que no passado não permitiu a formação de um planeta naquela zona.
A nuvem de Oort é uma nuvem de milhões de cometas que cerca o Sistema Solar e que tem cerca de 1ano-luz de diâmetro (1 ano-luz = distância percorrida pela luz num espaço de 1 ano; Velocidade da Luz = 300 000 Km/s) e que marca os limites do Sistema Solar.
Algumas das principais luas ou satélites naturais do Sistema Solar são a nossa Lua, Titã, Ganimedes, Europa, Calisto e Io.
No caso dos planetas anões do Sistema Solar destacam-se Céres, situado na cintura de asteróides, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, situados perto da cintura de Kuiper.
Os meteróides são pedachos de rocha restantes da formação do nosso Sistema Solar.

Ficheiro:Planets2008.jpg

Ilustração - Planetas Principais e Planetas Anões.



Ilustração - Principais Luas do Sistema Solar.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Bem Vindos!

Olá a todos e bom ano 2012.
Este vai ser um blogue que vai falar acerca de Astronomia, Astrofísica, Cosmologia e um pouco de Física, que vai explicar longas matérias divertidas acerca destes temas, sendo que deixarei disponivel sempre que possível, também, as mais recentes notícias e animações para download, através do respetivo link.
Aproveitem e divirtão-se!